2.2 | |
o
CRM
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Tendo
em vista assegurar uma gestão eficaz e eficiente da sua carteira de clientes,
as empresas devem desenvolver novas soluções que, de uma forma integrada,
sejam capazes de dar resposta às necessidades e expectativas individuais dos
clientes. Esse é o papel do Customer Relationship Management ( |
O QUE É O CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT | |
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Esta definição coloca em evidência
que o de
marketing – na medida em que o
tecnológica – uma vez que assenta no uso eficiente das tecnologias de informação. |
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![]() PRINCÍPIOS DO CRM
Segundo a
PricewaterhouseCoopers, as
empresas que utilizam o CRM
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Em geral, um sistema de CRM
![]() 1.A existência destas quatro fases não significa uma independência entre elas. Pelo contrário, é fundamental que se desenvolva uma visão integrada da gestão dos clientes. 2.Neste contexto, e por razões práticas, a exposição que se segue trata conjuntamente as duas primeiras fases, assim como a 3ª e a 4ª. 3.Reflectindo a dupla natureza do CRM
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CONHECER E DIFERENCIAR OS CLIENTES | |
A PERSPECTIVA DE MARKETING |
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Interagir, pressupondo desde logo uma capacidade para “dialogar” com os clientes e, consequentemente, para os “ouvir”, exige a utilização de adequados sistemas de pesquisa. Sofisticadas bases de dados são fundamentais para que, neste campo, as empresas consigam monitorar o comportamento individual de cada cliente. Por outras palavras, enquanto o marketing research tradicional se limita a “olhar” para o mercado, a pesquisa interactiva representa uma mudança crucial na vida das empresas: significa que não basta gerir recursos mas que é preciso saber gerir relacionamentos. Uma vez conhecidos os clientes, a empresa terá que desenvolver uma oferta que esteja de acordo com as especificações individuais de cada um deles. A velha filosofia do marketing de massas que residia na oferta do mesmo produto a todos os clientes tem vindo a perder relevância na medida em que cada vez mais empresas se diferenciam entre si de acordo com os produtos e serviços específicos que oferecem aos seus clientes. Deste modo, a estratégia da empresa deve ser delineada de acordo, não só com as suas capacidades, como também com as características dos seus clientes. A matriz de diferenciação dos clientes (figura 2.4) analisa a base de clientes de uma empresa de acordo com dois níveis:
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Fig. 2.4 – Matriz de Diferenciação dos Clientes. |
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A cada quadrante da matriz está associada:
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Quadrante I Os clientes têm necessidades pouco diferenciadas e valores uniformes. A abordagem comercial natural é a de um marketing relativamente massificado, sendo todos os clientes tratados de forma idêntica. São basicamente duas as opções estratégicas para desenvolver um relacionamento do tipo 1-to-1:
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Quadrante II A opção estratégica para o desenvolvimento de um relacionamento 1-to-1 passa por fazer com que estes clientes migrem para o quadrante IV. É fundamental que a empresa desenvolva mecanismos que lhe permitam contactar de forma individual com os clientes e, assim, definir melhor qual é o valor de cada cliente específico, de modo a justificar o investimento que está disposta a fazer com cada um. |
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Quadrante
III Neste caso, para o desenvolvimento de uma estratégia 1-to-1 é necessário:
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Quadrante IV A figura 2.5 sintetiza as principais estratégias naturais, bem como as estratégias de migração em direcção ao negócio 1-to-1: |
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Fig. 2.5 – Estratégias de migração para o 1-to-1. |
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De forma a colocar todos os elementos da sua carteira de clientes no quadrante IV, ou seja, para que se enquadrem na categoria de estratégia 1-to-1, a empresa tem que proceder a melhorias:
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As tecnologias de informação | |
As tecnologias de informação permitem, não só interagir com os clientes, como também proceder à recolha e registo das informações captadas durante o processo de interacção. Isto significa que a criação de sofisticadas bases de dados são, neste domínio, um factor crítico de sucesso. As bases de dados são estruturadas e tratadas com recurso a duas importantes tecnologias (figura 2.6): |
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Data Warehouse | |
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São esses dados que, uma vez integrados, podem criar uma infra-estrutura estratégica para o desenvolvimento de relações com os clientes. Dessa forma, o DW é essencialmente uma ferramenta de suporte à decisão, uma vez que fornece uma visão abrangente de cada cliente. São várias as vias utilizadas para recolher dados sobre os clientes, merecendo destaque:
Em relação aos clientes existentes, as bases de dados individuais devem conter informação pormenorizada sobre três aspectos extremamente relevantes do ponto de vista do marketing relacional: Perfil de cada cliente – caracterizado com base em indicadores demográficos, geográficos e psicográficos, em particular ao nível do estilo de vida. As transacções que cada cliente realizou com a empresa – designadamente que produtos / serviços adquiriu, quando o fez, que canais de distribuição utilizou, a frequência das compras, a forma de pagamento e eventuais reclamações ou devoluções. As acções de comunicação a que cada cliente foi exposto e o modo como a elas reagiu – nomeadamente quanto ao tipo de acções de comunicação, as mensagens transmitidas, os meios utilizados e a resposta do cliente. Os itens acima mencionados referem-se essencialmente a consumidores. No âmbito do business-to-business, as bases de dados devem ser ainda mais completas. Em particular, sugere-se que, para além da informação referida nos segundo e terceiro pontos, aquelas incluam: Dados pessoais – nome dos elementos de contacto e sua posição hierárquica, os departamentos onde trabalham, o nome de outros elementos influenciadores da decisão de compra, etc. Dados sobre a organização – sector de actividade, volume de negócios, número de empregados, situação financeira, estratégia prosseguida, estrutura organizacional, etc. Desta forma, as bases de dados podem ser utilizadas em várias áreas do marketing, nomeadamente:
Por exemplo, a
Em Portugal, a banca tem também vindo
a apostar claramente neste tipo de abordagem. O Inerente ao desenvolvimento de qualquer data warehouse, há uma série de cuidados que se deverá ter em conta:
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O DM consiste na pesquisa da DW através de modelos estatísticos, matemáticos ou mesmo de inteligência artificial, com o objectivo de traçar padrões e tendências de comportamento individual dos clientes. |
Isto significa que são basicamente dois os objectivos do DM, essenciais, aliás, para o sucesso de uma estratégia 1-to-1:
Com efeito, da análise dos dados podem-se retirar informações muito importantes, designadamente para detectar novos clientes, actualizar a informação disponível relativa aos clientes existentes, planear com eficácia estratégias de marketing, seleccionar clientes para contactos específicos, elaborar relatórios sobre cada cliente e usar a informação como elemento de um programa planeado de construção de relacionamentos duradouros e de repetição de compras. |
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Até há pouco tempo o sistema de realização de campanhas da Companhia de Seguros Império era pesado e moroso. (...) para cada campanha o departamento de informática precisava de intervir e era necessário realizar validações sucessivas dos resultados. [Neste contexto], o departamento de marketing da Império precisava de um sistema que lhe permitisse planificar todas as campanhas e gerir um programa de fidelização de clientes. (....) Para conseguir um tratamento relativo a 600 mil clientes e um universo de um milhão de apólices, era preciso implementar uma base de dados de marketing, aplicações específicas de inquéritos e relatórios, uma solução baseada em data mining, um software de gestão de campanhas e criar um modelo de fidelização. A ?#ILE24#? Acxiom concebeu para a Império um sistema de marketing relacional que lhe forneceu uma visão global do negócio. É capaz de extrair dados de maneira automática e periódica a partir dos sistemas em operação, da data warehouse e outras fontes. Também proporciona uma visão integrada e multidimensional dos clientes da seguradora (perfil, produtos e serviços, comportamento, histórico e outros aspectos) e permite a análise prévia e posterior à elaboração das campanhas. Adicionalmente dá apoio à gestão operativa do marketing e facilita a preparação e execução de inquéritos e relatórios.
Fonte: Exame Digital, nº 1, Abril 2000, p. 51. |
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Caso a empresa possua um site
na web, o
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NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO O PROCESSO DE EXTRACÇÃO DE DADOS Consistindo o
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Em suma, ao nível das duas primeiras
componentes do CRM
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Fig. 2.7 – Benefícios do
CRM ![]() ![]() |
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VENDER E FIDELIZAR OS CLIENTES A PERSPECTIVA DE MARKETING |
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A implementação de uma estratégia
de É preferível fazer bons negócios com (eventualmente) menos clientes do que fazer maus negócios com muitos clientes. Esta simples frase tem duas implicações importantes:
Isto não quer dizer que a segmentação dos mercados deva ser considerada ultrapassada e sem qualquer utilidade prática. Nada de mais errado. A segmentação mantém exactamente todo o seu potencial enquanto ferramenta de gestão. O que acontece é que, quando se procura implementar uma política de marketing individualizado, não basta segmentar o mercado. É preciso ir mais além. É preciso ir ao encontro de necessidades e expectativas individuais – e até, se possível, superá-las. Neste domínio, há dois conceitos-chave que condicionam toda a política de marketing:
Todo o processo de adaptação (entenda-se: aos clientes e não ao mercado) pressupõe um esforço permanente de exceder as expectativas individuais em termos daqueles dois parâmetros. Isto significa:
A fidelização dos clientes, sendo uma peça central do marketing one-to-one, cria um novo desafio aos responsáveis comerciais: como assegurar um relacionamento estável, duradouro e com vantagens para ambas as partes? Dito de outra forma, como fidelizar os clientes? São numerosos os estudos que
confirmam a importância da fidelização. Por exemplo, segundo a
Repare-se que o marketing, tal como é tradicionalmente encarado, se encontra muito virado para as vendas. Refira-se, a título de exemplo, todas as técnicas ligadas à acção comercial strictu senso, que vão desde a informação do potencial comprador sobre o produto até ao seu convencimento com o objectivo de realizar uma venda. Ora assegurar uma transacção pontual é muito pouco. Mais importante é realizar muitas vendas, durante muito tempo, a compradores fidelizados. É neste âmbito que faz sentido distinguir um cliente “satisfeito” de um cliente “encantado” (figura 2.8):
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Fig. 2.8 – Fidelização de clientes. |
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A
grande arma para fidelizar
um cliente é, portanto, “encantá-lo” – isto é, ter uma actuação que
exceda aquilo que ele esperava. Como se afirma num relatório da Além disso, é ainda possível utilizar formas de fomentar a lealdade, o que normalmente implica:
Estes esquemas de fidelização devem ser construídos sobre hábitos de compra já existentes, não devendo ser usados como uma forma de alterar comportamentos. Esta estratégia implica um empenhamento contínuo de recursos e esforços por parte da empresa. Caber-lhe-á encontrar formas de servir os seus clientes, de modo individualizado, assegurando que os melhores são os mais contemplados com este tipo de serviços. Mesmo depois de implementada, terá que ser permanentemente inovada, para que não se perca a vantagem alcançada. Um factor crítico de sucesso é a continuidade do processo de interacção e não apenas a personalização. Ao aperceberem-se que o valor que obtêm da relação com a empresa está a aumentar, os clientes estarão então dispostos a investir nela, fomentando laços de cooperação. Apenas uma relação deste tipo, assente numa base de confiança, poderá captar a lealdade dos clientes. |
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AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO | |
Para poderem proporcionar este tipo de marketing “customizado”, as empresas devem procurar canais de comunicação que lhes possibilitem interagir com os clientes, de forma a que o feedback de informação seja usado para corrigir e melhorar procedimentos. É essencial que as empresas revelem capacidade de integrar a informação recebida pelos múltiplos canais utilizados, reduzindo custos e construindo uma imagem forte junto do cliente. As
ferramentas de CRM |
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As novas tecnologias de informação não levaram à extinção dos meios tradicionais de contacto entre quem vende e quem compra. Contudo, os canais tradicionais, como os pontos de venda (próprios ou de terceiros) e as equipas de vendas tradicionais, por ficarem fora do âmbito desta obra, não serão aqui abordados. Nesse sentido, as secções que se seguem focam essencialmente os últimos quatro pontos. |
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Internet | |
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Sendo a rede das redes, a Internet é
o grande paradigma da Nova Economia. Enquanto ferramenta de CRM
A comunicação proporcionada por este meio é interactiva, o que significa que o cliente pode, em tempo real, influenciar a mensagem que é transmitida, participando activamente na escolha da informação que melhor se adequa às suas necessidades. Por outras palavras, a utilização da Internet deve ser encarada numa perspectiva integrada de comunicação. O feedback informativo deve ser tratado e armazenado, possibilitando um conhecimento profundo dos clientes. Trata-se, no fundo, de tirar partido dos sistemas de data warehouse e data mining para proceder à diferenciação dos clientes, oferecendo produtos e serviços individualizados que potenciem os negócios. A interactividade e o acompanhamento personalizado do cliente conduz as empresas a “redireccionarem” os seus produtos para novos segmentos de mercado, aumentando a sua competitividade. Os sistemas tradicionais de CRM
Para poder prestar um serviço completo, a empresa tem que integrar a informação que obtém de vários canais, incluindo via Web. Torna-se
essencial o desenvolvimento de portais que juntem as intranets |
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![]() A PLATAFORMA INTERNET DA
A Oracle oferece uma Plataforma Internet completa, de maneira a simplificar o desenvolvimento, implementação e gestão de Web sites sofisticados e de aplicações e-business. Tudo isto é conseguido através da centralização de todos os tipos de conteúdos internet num número mais reduzido de servidores de bases de dados mais potentes e geridos de forma profissional; mediante a integração entre a gestão dos sistemas, os utilizadores e os mecanismos de segurança directamente na internet; e através da utilização de padrões 100% internet.
Fonte: “Com Oracle e-business suite”,
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Se utilizada como forma não só de transacção mas também interactiva, a Internet possibilita ao potencial cliente:
Do ponto de vista do vendedor, a Internet traz benefícios como:
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NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO O CORREIO ELECTRÓNICO ENQUANTO
FERRAMENTA DE CRM
Enquanto instrumento ao serviço do CRM, o correio electrónico desempenha fundamentalmente duas funções:
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Um Call Center é um centro de atendimento de clientes que permite, de um modo integrado, atender e responder a um vasto número de contactos. |
Os call
centers têm um papel cada vez mais estratégico no seio empresarial, o
que leva as empresas a empenhar mais recursos neste meio de interacção com o
cliente, e a integrá-los de uma forma cada vez mais aprofundada no seu
sistema de CRM Tendo em conta que uma parte muito
significativa do processo de interacção com os clientes é executada via
telefone, os call centers tendem a
desempenhar um papel extremamente relevante. A sua importância é tão forte
que são, por vezes, denominados CRM |
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![]() IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CALL CENTERS NO GRUPO SYDKRAFT
O grupo sueco Sydkraft é constituído por uma série de empresas fornecedoras de serviços relacionados com electricidade, gás e aquecimento. Face à nova situação de mercado criada pela desregulamentação dos serviços públicos e apercebendo-se do risco que corria caso não levasse a cabo uma profunda alteração na forma como prestava serviço ao cliente, o grupo tomou uma série de medidas. Procedeu então a uma reestruturação do seu sistema de serviço ao cliente, passando de 20 postos de atendimento – onde os clientes se dirigiam para pagar as suas contas e resolver problemas – para apenas 2 call centers que lidavam com todo o serviço ao cliente. Constatando que esta medida não era suficiente, o grupo Sydkraft ponderou a hipótese de implementar um novo sistema que possibilitasse lidar com as relações com os clientes de uma forma ainda mais eficiente e uniformizada. Adquiriu então à Cap Gemini uma versão “customizada” da tecnologia face2face TM Customer Care Kernel que utiliza uma base de dados da Oracle. Uma vez integrada com os sistemas de mainframe do grupo e com os seus sistemas de facturação, essa tecnologia pode ser utilizada nos call centers e como ferramenta de vendas e supervisão. Numa primeira fase houve um trabalho de equipa entre os utilizadores finais da tecnologia face2face TM da Sydkraft e os consultores da Cap Gemini para introduzir os ajustamentos necessários na versão estandardizada previamente apresentada. Posteriormente, houve uma acção de formação dos trabalhadores do grupo, formação esta que, mais tarde, foi ministrada já por funcionários da própria empresa. Com a introdução da nova tecnologia, o grupo Sydkraft tem hoje a possibilidade de gerir todo o serviço ao cliente com um único call center. Desta forma, pode identificar mais eficazmente o serviço realmente pretendido pelos clientes e encontrar as melhores formas para o providenciar. Mais ainda: consegue avaliar de uma forma muito mais correcta a qualidade do atendimento que presta. Os resultados deste processo de reestruturação no modo como o grupo Sydkraft se relaciona com os clientes são clara e explicitamente sistematizados por um dos seus gestores:
Prevemos que o sistema rapidamente se pague por si próprio, não só porque a gestão física dos pedidos dos clientes se torna mais eficiente, como também porque a base de dados que está a ser constituída nos dá um maior controlo sobre as acções tomadas. Isto permite fornecer um serviço mais rápido aos nossos clientes que, obviamente, ficam mais satisfeitos com a Sydkraft.
Fonte:
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Também em Portugal são cada vez em
maior número as empresas que implementam call
centers. A Gás de Portugal, por exemplo, desenvolveu um projecto de
CRM Devidamente equipado e desenvolvido, o call center permite tirar o máximo partido de toda a informação relativa aos clientes e, assim, captar novos clientes e fidelizar aqueles com os quais desenvolveu um relacionamento mais rentável. |
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São variadas as soluções de software que suportam os call centers. Na prática, são essas aplicações que possibilitam ultrapassar determinados obstáculos, tais como a falta de preparação ou de motivação dos agentes, bem como a não disponibilidade de toda a informação necessária relativa ao historial do cliente. |
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NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO
Multimedia
Communication Centers TECNOLOGIAS APLICADAS AOS CALL
CENTERS E RESPECTIVOS BENEFÍCIOS: CTI (Computer Telephone
Integration) Tecnologias de Configuração de Vendas Software
de Automatização do Workflow Software
de Gestão de Documentos |
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Em suma, os
call centers são um importante instrumento de CRM
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Os Help Desks, sendo parte integrante da infra-estrutura de serviço ao cliente, têm a função de actuar como fonte de informação, ajudando na resolução de problemas e realização de tarefas. |
Por este meio – com frequência designado em língua portuguesa por Centro de Apoio ao Cliente ou, em alguns casos, Centro de Apoio Técnico – os clientes vêem os seus problemas e dúvidas esclarecidos de uma forma rápida, eficiente e “customizada”, o que lhes confere maior satisfação relativamente aos serviços prestados pela empresa, aumentando assim a probabilidade de se manterem leais. Por regra, trata-se de um serviço de 24 horas. Devidamente estruturados, os help desks trazem uma clara vantagem competitiva para as empresas que os implementam. Deverão reunir num só ponto de contacto toda a informação necessária para resolver problemas do utilizador final, sendo essencial que a empresa constitua uma base de dados com os problemas mais vulgares e respectiva resolução, de forma a aumentar a rapidez do processo. Acima de tudo, um help desk exige, geralmente, uma complexa infra-estrutura cujos elementos base são: As pessoas – devem ser agentes especializados que têm de se manter actualizados com as novidades tecnológicas. Os processos – um factor crítico do sucesso dos help desks é a pronta identificação do problema e respectiva resolução. Isto implica que, ainda que estejam instalados mecanismos de resposta imediata a questões padronizadas, as questões mais complicadas devem ser rapidamente remetidas para níveis de apoio mais avançados. A tecnologia – para ser eficiente, o help desk tem de assentar numa sofisticada infra-estrutura tecnológica que permita a automatização dos processos. As novas tecnologias conferem uma ainda maior eficácia aos help desks, na medida em que permitem ao utilizador pesquisar por si próprio as soluções possíveis para a resolução dos seus problemas. De facto, há cada vez mais empresas a concederem aos utilizadores um acesso condicionado às suas bases de dados, para que eles mesmos possam realizar a pesquisa sem que seja necessária a intervenção de qualquer agente. Modelos com base na Web possibilitam também aos utilizadores exteriores ter acesso a soluções para problemas comuns, 24 horas por dia. Em suma, os help desks permitem melhorar a satisfação do cliente e diminuir os custos de serviços e de suporte técnico, optimizar os recursos, melhorar o tempo de resposta e a utilização das tecnologias emergentes para responder aos clientes. |
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A par das ferramentas de CRM citadas, existe todo um conjunto de aplicações informáticas destinadas a apoiar a actividade de front office. Em geral, procuram oferecer soluções basicamente a três níveis: Marketing – este software, permitindo uma actuação a três níveis (planeamento, execução e controlo), inclui geralmente instrumentos de apoio à actividade de marketing: desde sistemas de pesquisa de mercados e segmentação dos clientes até à gestão de campanhas de comunicação, passando pela administração de gamas de produtos e de canais de distribuição. Vendas – através da simplificação e automatização da actividade de vendas, este tipo de software tem por objectivo aumentar a eficácia da força de vendas em termos do seu relacionamento com os clientes. Regra geral, são três as áreas da sua intervenção:
Apoio
ao Cliente – como foi já suficientemente
salientado, o serviço ao cliente é um dos vectores-chave de qualquer sistema
de |
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A Baan Front Office Solutions (BaanFOS) é um conjunto integrado de aplicações de front office no âmbito do CRM que permite, segundo a própria empresa, “uma visão de 3600 de cada cliente”. A BaanFOS inclui software na área das vendas, marketing e apoio ao cliente cujo objectivo é, reforçando os laços de parceria com a empresa, aumentar o grau de satisfação e fidelização dos clientes. Com isso procura-se incrementar o processo de interacção com cada cliente ao longo do ciclo de vida da relação, através do fortalecimento de laços de parceria.
A BaanFOS permite o acesso e transferência de informação das aplicações de back office, nomeadamente no domínio da data warehouse, através de uma poderosa integração de ferramentas. A título ilustrativo, refira-se que o BaanService é uma aplicação particularmente vocacionada para a fidelização dos clientes e gestão pós-venda. Permite que as empresas excedam as expectativas dos seus clientes sem descurar a eficiência com que desenvolvem as suas operações. Deste modo, possibilita uma redução de custos e um reforço da capacidade lucrativa da empresa. O BaanService inclui:
Fonte: |
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Em suma, para vender e manter a
fidelidade dos clientes, a empresa terá não só de satisfazer as suas
expectativas, servindo-os da forma mais eficiente possível, como de ultrapassá-las,
surpreendendo os clientes com ofertas e serviços de natureza inovadora. A
utilização de tecnologias de informação ao nível destas componentes do
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Fig.
2.10 – Benefícios do CRM ![]() ![]() |
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©
Sociedade Portuguesa de
Inovação, 1999 Edição e Produção Editorial: Principia. Execução Técnica: Cast, Lda. |